ESCOLHA DO CURSO | PORQUÊ ENGENHARIA INFORMÁTICA?
- Cristiano Patrício
- 21 de mai. de 2017
- 4 min de leitura
Porque é que escolhi uma Engenharia? E porque é que escolhi Engenharia Informática?
Podem ler um pouco sobre mim aqui.
O que é queres ser quando fores grande? Esta é a pergunta que mais vezes ouvimos durante a nossa infância. E a resposta não é sempre a mesma, pelo menos no meu caso não foi! Bombeiro, polícia, mecânico, camionista, futebolista, médico, cientista, gestor e engenheiro são algumas das profissões mais atrativas quando somos pequenos.
Quando recebi o meu primeiro computador, (equipado com um PENTIUM-MMX de 166MHz), comecei a “teclar” e a descobrir as coisas que podia fazer nele. Utilizava o Paint, o Word e jogava o PRINCE. Tinha os meus 9 anos. Até que um dia o computador se estragou. Não iniciava o Windows. Parava num ecrã preto onde só dava para escrever. Naquele tempo ainda não tinha ligação à internet, em casa, portanto não podia pesquisar uma solução para o problema. Então tive a feliz ideia de ir consultar um bloco de apontamentos com comandos do MS-DOS de um curso que a minha mãe tinha frequentado e pesquisei por um comando milagroso que salvasse o problema do computador. Comando esse que não constava na lista, pelo menos com essa descrição. Experimentei os comandos todos e o computador continuava igual. Seguiu-se a fase de abrir a máquina. Retirei a tampa da caixa do computador e, perdido no meio de tantos fios, cabos e periféricos, imaginava eu que conseguiria detetar o problema. Não acontecendo, gostava de andar lá a mexer e desapertar um parafuso aqui e ali.
E pronto, o interesse pelos computadores surgiu e o que mais gostava de fazer era instalar programas, testá-los e depois desinstalá-los. Sempre fui o gajo que compõe os computadores e as televisões cá de casa e, por isso, a minha família diz que sou “engenhocas” e muito habilidoso.
Quando fiz os testes psicotécnicos no 9º ano, o meu perfil enquadrava-se em diversas áreas, mas todas relacionadas com a Engenharia, portanto no 10º ano escolhi Ciências e Tecnologias.
No 11º ano sabia que quando me fosse inscrever no 12º tinha que escolher duas disciplinas de opção, entre Física, Química, Biologia, Aplicações Informáticas B e depois línguas (Inglês e Espanhol). A escolha foi fácil: Aplicações Informáticas B e Física.
Nas férias de verão do 11º ano andei a pesquisar os conteúdos programáticos da disciplina de API B e, entre os vários conteúdos, estava Programação. Então comecei a pesquisar sobre a Programação e sobre como aprender a programar.
No dia em que escrevi a primeira linha de código e vi o output no ecrã, fiquei absolutamente espantado. Foi um simples “Hello World!” programado em Visual Basic, mas despertou a minha atenção e curiosidade para aprender mais. E foi então que comecei a aprender a programar, inicialmente em Visual Basic e depois passei para o Pascal, que seriam as duas linguagens que iria aprender a API B. Por que linguagem se deve começar a aprender a programar? Bem, esta é uma questão muito discutida hoje em dia e irei falar sobre ela num outro texto.
A disciplina que mais gostei no 12º ano foi a disciplina de Aplicações Informáticas B, à qual obtive a nota máxima, muito por causa do meu interesse na matéria e na informática. Quando fazemos o que gostamos e temos interesse nisso, tudo se torna mais simples. É verdade que já sabia dar uns “toques” na programação e então foi mais fácil para mim perceber e fazer os exercícios nas aulas. Comecei por aprender a programar em Pascal e depois em Visual Basic (POO). No segundo período foi edição de imagem e no terceiro período edição de vídeo. Esta disciplina foi, sem dúvida, uma grande condicionante para a escolha do meu curso.
Acabei o 12º ano e não tinha dúvidas do que queria estudar. Engenharia Informática era o curso que encaixava na perfeição de acordo com os meus gostos.
Ainda antes da primeira fase de candidaturas ao ensino superior, tive conhecimento de um curso de verão que ia decorrer no Instituto Politécnico da Guarda, denominado “Eu sou Engenheiro”, que tem como objetivo promover junto dos alunos do 10º, 11º e 12º ano do ensino secundário e profissional um conjunto de atividades que lhes permite experimentar as diversas áreas da engenharia (informática, civil, topográfica e ambiente). Eu inscrevi-me na área de Engenharia Informática, obviamente, e gostei imenso, deu para ter uma noção daquilo que é o curso e o que se pode fazer, bem como as suas saídas profissionais e o seu elevado nível de empregabilidade (>92%). O plano de estudos do curso de Engenharia Informática no IPG despertou ainda mais o meu interesse por ter uma cadeira de Robótica. Se já tinha a certeza de que queria seguir Engenharia Informática, depois de ter participado neste curso de verão, fiquei ainda mais motivado! Uma excelente iniciativa para quem apresenta dúvidas relativamente ao percurso académico que pretende seguir.
Para mais informações, fica aqui o site da edição do ano passado:
eu sou engenheiro’16 -> http://www.eusouengenheiro.ipg.pt/
Por fim, e para não me alongar mais, se têm interesse pela programação, pelos computadores e têm curiosidade em saber como eles funcionam, então Engenharia Informática é o curso. É um curso bastante prático em que podemos logo "meter as mãos na massa". Portugal tem falta de engenheiros informáticos para responder à oferta das empresas que se instalam no país, situação semelhante na Europa.
Para os indecisos, Engenharia Informática é uma boa aposta!
Já pensaram no que seria o mundo sem a informática?
Até breve!

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