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Resumo dos últimos 3 anos enquanto estudante de Engenharia Informática




Olá a todos,


Em primeiro lugar, quero partilhar com o leitor o culminar de três anos de muito estudo, dedicação e superação. Sou oficialmente Licenciado em Engenharia Informática!


Já há muito que não escrevia um post neste blogue, que tem estado inativo desde há algum tempo.


Poderia estar aqui a desculpar-me com os trabalhos, com o projeto final de curso, com a falta de tempo para tudo, incluindo eu próprio, entre muitas outras desculpas do mesmo segmento. A verdade é que foram estas as razões pelas quais eu não tenho tido tempo para me dedicar a este blogue. Muito a sério.


O curso não se faz em recurso, ao contrário do que muitos devaneadores pensam.


O primeiro ano do curso caraterizou-se pela grande componente matemática e cadeiras de introdução à Informática (Programação, Engenharia de Software e Eletrónica).

Escrevi sobre o que se aprende no primeiro ano da Licenciatura em Engenharia Informática neste post.

No final do primeiro ano, já com alguma experiência para contar, decidi escrever sobre as expectativas versus realidade de estudar Engenharia. Podes ler aqui.


Nas férias de verão desse ano, portanto o ano de 2017, decidi criar este blogue com a finalidade de transmitir a realidade e a experiência enquanto estudante de Engenharia Informática. Achei que faltava algo deste género na Internet.


Publiquei vários posts durante essas férias, não só pelo entusiasmo, mas também por ter muito tempo livre. Tanto tempo que até escrevi e partilhei algumas dicas sobre como "Ficar de férias mais cedo", que podes ler aqui.


 

No segundo ano do curso decidi entrar para a Tuna Académica da Guarda - Copituna d'Oppidana, onde toco acordeão.


Aos nove anos de idade comecei a ter aulas de música e, desde então, nunca mais parei de gesticular os dedos no meu acordeão, criando música e interpretando outras. A minha participação na Tuna permitiu que continuasse, deste modo, a alimentar uma das minhas paixões, que é a música.


Fui ao meu primeiro ensaio no dia 19 de setembro de 2017, terça-feira. Quando entrei pela primeira vez na sala de ensaios, pelas 21h25, estavam apenas duas pessoas agarradas ao instrumento. Até às 21h30 foram chegando mais pessoas, hora de início do ensaio.

Já conhecia algumas músicas da Copituna, pelo que foi relativamente fácil acompanhar as "modas" tocadas durante o ensaio. A primeira música que aprendi foi o "Vem Cá Caloiro". (Já dava uns toques na "Menina Caloira", que é um tema original da Copituna d'Oppidana conhecido em todo o país e arredores.). Gostei muito do ensaio e decidi ir ao próximo. Acabei por ficar.


A minha primeira atuação foi no dia 27 de setembro de 2017, estava eu há uma semana na Tuna. Subi a palco e toquei todas as músicas, sempre apoiado pelo meu "irmão" Patxa.

Foi nessa mesma atuação, que acabei por ficar batizado de "Bandeirinhas", alcunha esta que me identifica dentro da Tuna! (É uma história engraçada que envolve comícios partidários e bandeiras do PSD, estão a ver?).


Entrei com o estatuto de Pretendente a Caloiro, estatuto que se manteve até ao dia 3 de novembro, dia em que subi a Caloiro da Copituna d'Oppidana. Depois de muitos copos e guitarradas, no dia de 5 de maio de 2018 passei a Tuno, juntamente com dois GRANDES amigos, o Patxá e o Totiço. Apesar de ter concluído o meu percurso no Instituto Politécnico da Guarda, continuo, com imenso orgulho, a fazer parte deste enorme grupo, que é uma família, a Copituna d'Oppidana.


"Uma vez Tuno, Tuno para sempre!"


Então e o curso? - perguntam vocês, e muito bem. O segundo ano do curso de Engenharia Informática foi bem mais exigente do que o primeiro ano. Também não teria muita piada se fosse de outra forma.

A minha cláusula de entrada para a Tuna passava por conseguir conciliar as atividades da Tuna com o curso. Caso o meu rendimento a nível escolar fosse prejudicado por consequências de despender de algum tempo nos ensaios e atuações, teria de tomar uma decisão, que passaria por deixar de poder fazer parte do grupo.

O que aconteceu, na realidade, foi que o meu rendimento e percurso escolar em nada foram afetados. Antes pelo contrário. Consegui obter melhores resultados do que no meu primeiro ano, em média. Isto tudo para dizer que, desengane-se quem pensa que a Tuna é só copos e folia e que depois não sobra tempo para o curso. Não. Há tempo para tudo, para sair à noite, para ir aos ensaios da Tuna, para ir às atuações e principalmente, para estudar! É tudo uma questão de organização e gestão de tempo.


O segundo ano do curso tem uma estrutura curricular um pouco diferente da do primeiro ano. São seis cadeiras em cada semestre, enquanto que no primeiro ano, o número era de cinco por semestre.

É no segundo ano que o curso começa por desvendar, mais a fundo, a parte da Engenharia.

As cadeiras de Eletrónica e Redes: Sistemas Digitais II, Controlo Industrial, Robótica, Arquitetura de Computadores, Redes de Computadores e Sistemas Operativos, explicam o mecanismo de todo o sistema. O Hardware.

No entanto, as cadeiras de Programação para Dispositivos Móveis (Android) e Bases de Dados permitem aplicar conceitos avançados a nível da conceção de um sistema de software.

É também no segundo ano que há possibilidade de escolher uma UC Opcional. No meu caso, optei por Programação e Segurança, onde abordei temas muito interessantes a nível de Software Security que posteriormente me permitiram explorar uma vulnerabilidade do tipo Injection de XPath (caso tenhas interesse, podes consultar aqui o Relatório de Exploração da Vulnerabilidade).


 

O terceiro ano do curso foi o melhor, em todos os sentidos!


Encarei o último ano com muito afinco e determinação. É no último ano que existe uma cadeira de Projeto de Informática, para além das outras que falarei umas linhas mais abaixo.

No decorrer das férias de Verão (transição do 2.º para o 3.º ano) foi-me endereçado um convite por parte de um Professor para integrar num projeto de software da sua empresa, a MagicKey. A MagicKey é uma empresa, sediada no IPG, que se dedica ao desenvolvimento de soluções de acessibilidade adaptadas para pessoas com deficiência, cujo lema é "Estudamos Problemas, Produzimos Soluções!". Aceitei o desafio, juntamente com outro colega de curso, o Tiago Lucas.

Começámos desde cedo a trabalhar no projeto (o que permitiu a conclusão da Licenciatura muito antes dos restantes colegas, que só começaram a trabalhar no projeto ou a estagiar em junho), que tinha como objetivo o desenvolvimento de uma aplicação web de acessibilidade para auxílio a pessoas com dificuldades na fala e adaptada para pessoas com motricidade muito reduzida ou sem motricidade nos membros superiores.

A participação neste projeto, desenvolvido para a cadeira de Projeto de Informática, constituiu um enorme desafio e uma enorme motivação, assim como foi uma experiência muito gratificante e enriquecedora para mim. Não só por se tratar de um projeto em contexto real, no qual tínhamos um Project Manager que nos orientava, mas também por termos tido a oportunidade de testar a aplicação com utilizadores finais reais, na Associação de Paralisia Cerebral do Porto.

O resultado final cumpriu com todos os objetivos previstos inicialmente e o desfecho foi um A (Muito Bom) na cadeira de Projeto de Informática.


Quanto ao resto das cadeiras ao longo do ano, as áreas variaram desde a Economia (cadeira de Gestão de Empresas, no 1.º semestre), passando pela Programação e Multimédia (cadeiras de Computação Gráfica, Inteligência Artificial e Programação para a Internet), com paragem na Engenharia de Software e Sistemas de Informação (cadeiras de Engenharia de Software II e Bases de Dados II), até às Redes e Sistemas Informáticos (cadeiras de Engenharia de Redes e Sistemas Distribuídos).

No terceiro ano, no 2.º semestre, há possibilidade escolher duas cadeiras opcionais, sendo que as minhas escolhas recaíram nas opcional de Segurança em Redes de Dados e Modelação 3D e Animação.


 

O fim de uma etapa representa sempre uma enorme alegria, mas também um misto de emoções, onde a saudade e a felicidade se misturam, culminando num sentimento dual - alegria e saudade. Alegria por mais uma etapa ter sido alcançada com sucesso, mas saudade por tudo o que fica e se viveu.


Foram três anos de muito estudo, dedicação, esforço e superação. Não posso, contudo, afirmar que passei noites em claro a fazer trabalhos ou a estudar, porque, de facto, não tenho recordação de tal acontecimento. Eu costumo dizer que "oito horas de sono por dia, não sabe o bem que lhe fazia!". Sempre me regi por esta constatação. Até porque o meu cérebro tende a mostrar-se pouco responsivo e eficiente depois das duas horas da manhã. Razão pela qual não faço noitadas. De estudo.


É também um facto que durante o meu percurso académico enquanto estudante da Licenciatura em Engenharia Informática, nunca tive a oportunidade de experimentar o sabor e a sensação de fazer um exame. Não fui a um único exame durante a Licenciatura. Orgulho-me disso, por um lado, mas por outro, também sei que poderia ter feito melhorias a algumas cadeiras, nomeadamente àquele 14 a Sistemas Digitais I, que fica a destoar na minha folha de diploma. Irá ser sempre a "ovelha negra" no meu percurso académico. E quem me conhece bem, sabe perfeitamente a angústia que vai dentro de mim por causa desta nota impalatável. É claro que não é assim. Todos os meus problemas fossem um catorze numa pauta!


Moral da história?

Sou licenciado e ! E agora? O que vou fazer?


Não percas o próximo artigo!


Boas férias para quem está de férias e um bom trabalho a todos os meus colegas que andam debruçados sobre os seus Projetos de Informática!


 

Envia as tuas sugestões para: dicasdeinformatica2015@gmail.com

Qualquer dúvida, não hesites em contactar-me!








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