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Engenharia Eletrotécnica e de Computadores vs. Engenharia Informática | Battle de Cursos #1

  • Cristiano Patrício
  • 16 de jul. de 2017
  • 6 min de leitura


Nesta altura de (in)decisões para os futuros estudantes universitários, toda a informação relativamente aos cursos é essencial. Não te esqueças de que as candidaturas ao concurso nacional de acesso ao ensino superior de 2017 - 1ª fase começam já na quarta-feira, dia 19.

Na primeira battle de cursos os candidados são a Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (LEEC) e a Licenciatura em Engenharia Informática (LEI). Para fazer esta comparação escolhi os estabelecimentos de ensino da UBI para a LEEC e do IPG para a LEI.

Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (LEEC)


A primeira coisa que se deve pôr em cima da mesa antes de iniciar o processo de escolha de um curso são as provas de ingresso, sem elas não podemos concorrer ao ensino superior. Assim, a primeira questão que deves colocar é: "Tenho provas de ingresso?", se sim, "Quais?".

Posto isto, deves procurar o curso consoante as provas de ingresso que tens.

Aplicando o raciocínio anterior ao curso de LEEC na UBI, temos:

Passo 1: Analisar provas de ingresso e calcular nota de candidatura.

Provas de Ingresso:

07 Física e Química

19 Matemática A

Nota mínima (0-200):

Provas de ingresso: 95 Candidatura: 100

Cálculo da Nota de Acesso:

Média do ensino secundário: 65% Provas de ingresso: 35%

Nota do último colocado: 113.5

Analisando cada um dos pontos e aplicando um exemplo prático, vamos supor uma média do ensino secundário com valor 163.0 e provas de ingresso de Física e Química e Matemática A, 120.0 e 140.0, respetivamente.

Para calcular a nota de acesso faz-se um cálculo simples:

Média do ensino secundário: 163.0 * 65% = 105.95

Provas de ingresso: ((120.0 + 140.0) / 2) * 35% = 45.5

Nota de candidatura: 105.95 + 45.5 = 151.5

Passo 2: Analisar o plano curricular do curso e respetivas áreas científicas.

Quadro Áreas Científicas:

Plano curricular:

Perfil de Saída:

Os Licenciados em Engenharia Electrotécnica e de Computadores têm excelentes perspetivas de futuro no desempenho de funções diversificadas de elevado prestígio e responsabilidade tanto no mundo Empresarial como Académico, nacionais ou internacionais. Estão habilitados a trabalhar na indústria e serviços, em particular em empresas que apostem na investigação, desenvolvimento e inovação, desempenhando funções na área da Engenharia Electrotécnica e Electrónica, Accionamentos Eléctricos, Automação, Controlo e Robótica e funções em laboratórios e institutos de investigação. Poderão integrar equipas multidisciplinares, sendo especializadas para participar no desenho e concepção de novos equipamentos e participantes em processos de certificação de equipamentos eléctricos e electrónicos, dando assistência técnica e apoio comercial, procedendo à manutenção de pequenos equipamentos e dando apoio à investigação científica nas áreas da sua formação. in https://www.ubi.pt/Paginas/Curso.aspx?ID=27

Conclusões:

Analisando o quadro das áreas cientificas da LEEC no que toca ao peso dos créditos, percebemos imediatamente que a área predominante do curso é de facto a Eletrotécnia e a Eletrónica, sendo esta componente um terço (60/180 créditos) do curso. Assim, a LEEC é um curso mais virado para o hardware, basicamente. Têm-se uma cadeira de Programação no 1º semestre e a hipótese de escolher mais duas opcionais ligadas à informática no 3º ano, Estruturas de Dados e Sistemas Operativos, mas a base do curso é essencialmente a Eletrónica, Matemática e Fìsica. Portanto, se gostas de eletrónica, a parte dos componentes e por aí adiante, LEEC deve ser uma opção para ti. Por último, mas não menos importante, a taxa de empregabilidade para este curso ronda os 93%* a nível nacional, a taxa de desemprego do curso nesta instituição (UBI), para diplomados entre 2011/12 e 2014/15 é inexistente porque não existem dados suficientes para fornecer informação estatística sobre o desemprego registado deste curso. A amostra de estudantes diplomados do curso, no período em causa, é demasiado pequena. Isto pode acontecer porque se trata de um curso pequeno, ou porque se trata de um curso recente. Este facto não tem qualquer implicação sobre a qualidade do curso. (in http://infocursos.mec.pt/).

*dados calculados tendo por base o número de diplomados entre 2012 e 2015.

Licenciatura em Engenharia Informática (LEI)

Identificado o curso, o raciocínio a seguir é o mesmo do curso anterior. Sem mais conversa, vamos ao que interessa!

Passo 1: Analisar provas de ingresso e calcular nota de candidatura.

Provas de Ingresso:

16 Matemática

Nota mínima (0-200):

Provas de ingresso: 95 Candidatura: 95

Cálculo da Nota de Acesso:

Média do ensino secundário: 65% Provas de ingresso: 35%

Nota do último colocado: 105,4

Para calcular a nota de candidatura vamos utilizar a mesma média, ou seja,163.0 e a prova de ingresso de Matemática A com nota de 140.0.

Para calcular a nota de acesso faz-se um cálculo simples:

Média do ensino secundário: 163.0 * 65% = 105.95

Provas de ingresso: 140.4 * 35% = 49

Nota de candidatura: 105.95 + 49 = 155.0

Passo 2: Analisar o plano curricular do curso e respetivas áreas científicas.

Quadro das áreas científicas:

Plano curricular:

Op* — O aluno opta por três unidades curriculares (Opção I, Opção II e Opção III) de entre o seguinte elenco:

  • Sistemas de Apoio à Decisão

  • Sistemas Gráficos Interactivos

  • Programação para Dispositivos Móveis

  • Programação Funcional

  • Modelação 3D e Animação

  • Controlo Digital

  • Marketing e Internet

  • Simulação por Computador

  • Processamento Digital de Imagem

  • Planeamento Estratégico de Sistemas de Informação

  • Sistemas de Telecomunicações

  • Redes de Alta Velocidade

  • Tópicos de Investigação Operacional

  • Programação e Segurança

  • Sistemas Domóticos

  • Inglês Aplicado

Outra(s) leccionada(s) na ESTG

Perfil de Saída:

Licenciados habilitados a exercer a profissão de Engenheiro Informático, capazes de responder às necessidades atuais e futuras do mercado de trabalho, qualificados para exercer a sua profissão num vasto espetro de perfis profissionais, com elevado nível de competências científicas e técnicas para o desenvolvimento e manutenção de aplicações informáticas e qualidades éticas e relações humanas. Capacidade de escrita com clareza, precisão e sequência lógica. Capacidade de redacção e síntese estruturada para a produção de projectos e relatórios. Capacidade de transmitir e divulgar ideias. Capacidade de organização, de comunicação e de relacionamento interpessoal. Capacidade de realizar acções e julgamentos éticos e equitativos. Domínio do Inglês com boa capacidade de expressão oral e escrita e de planificação, implementação e coordenação de projectos de sistemas informação. Capacidade para implementar e gerir as melhores soluções tecnológicas para o apoio às diferentes áreas.

Os diplomados em Engenharia Informática poderão aceder a um leque variado de funções profissionais, tais como: - Engenharia de Software; - Engenharia de Redes Internet e Intranets; - Engenharia de Sistemas Multimédia; - Gestão de Sistemas de Informação; - Ensino e Investigação.

Conclusões:

Pela análise do quadro das áreas científicas verificamos que este é um curso cuja palavra que o define é a Programação.

A Programação e Multimédia e a Engenharia de Software e Sistemas de Informação ocupam mais de metade da componente do curso, sendo portanto um curso virado para a parte do software, ao invés do curso anterior, LEEC.

Tendo também com uma forte componente na área das redes e sistemas informáticos é perfeitamente possível seguir uma carreira nesta área. É um curso abrangente e do futuro. Com um peso mais pequeno (20,5/180 créditos) têm-se as diversas cadeiras de Eletrónica e Controlo, como Sistemas Digitais, Controlo Industrial e Robótica, sendo esta última uma cadeira pouco vulgar no curso de Engenharia Informática a nível nacional, mas no IPG é possível explorar esta área da robótica e colocar à prova os conhecimentos participando no concurso nacional de robótica organizado pelo IPG denominado "Robô Bombeiro", como escrevi neste texto. Escolhi o IPG e o curso de Engenharia Informática, exatamente por oferecer um plano curricular diversificado e com a possibilidade de explorar diversas áreas. Já sabes qual vai ser a conclusão, se gostas ou te interessas pela área de Programação, és criativo e queres estudar um curso que te dá imensas oportunidades no mercado de trabalho, sem dúvida que deves escolher Engenharia Informática... e no IPG! Neste texto podes ler o que se aprende no primeiro ano do curso de LEI. A taxa de empregabilidade para o curso de Engenharia Informática no IPG e também a nível nacional ronda os 93%*.


*dados calculados tendo por base o número de diplomados entre 2012 e 2015.


Feitas as reviews de cada curso e para não me alongar muito mais, uma vez que o tópico já está bastante extenso, desafio-te a decidires tu quais os cursos que queres ver a serem comparados nesta mini-série. Para isso basta deixares o teu comentário no post que vou fazer no Facebook. Os cursos mais votados serão os próximos a entrar nesta batalha!

Por fim, prometo que é mesmo a última frase, um resumo muito simplista, apenas em duas linhas, da battle de hoje:

LEEC -> Hardware

LEI -> Software

Até breve!

 

Envia as tuas sugestões para: dicasdeinformatica2015@gmail.com

Qualquer dúvida, não hesites em contactar-me!

 
 
 

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